quinta-feira, 6 de junho de 2013

Milionário


Existem certas ambições que não se explicam. Muitos jovens ambicionam fazer o primeiro milhão nos seus vinte e poucos anos. Apesar de ser uma ideia de riqueza e bem-estar financeiro, não é isso que importa no final das contas, não é verdade? Trabalhar feito escravo pra atingir um número na conta bancária me parece fazer muito pouco sentido, mas tudo bem.

Agora sabe aquele seu amigo que ficava procurando namorada por um tempão e não achava? “Tá difícil, não aparece ninguém bacana”. Pode parecer loucura, mas reza a lenda que quanto mais se procura e se fixa em determinado objetivo, ignorando o que surge ao redor, menores as chances de atingir o alvo. E isso está sendo dito por que mesmo?

Porque somos milionários. É isso aí. Do alto das minhas vinte e duas juvenis primaveras, atingi(mos) o primeiro milhão. Quem se importa que foi em shillings? Quem se importa que foi somando a iniciativa de todo mundo junto? Acima de tudo, quem se importa? Chegar a um milhão é a maior besteira do mundo, mas investir um milhão de shillings numa mudança revolucionária no Quênia, aí sim.

O que significa que dinheiro existe pra suprir desigualdades sociais e ser gasto em coisa boa. O problema está na forma de interpretar o termo “coisa boa”. Em nenhum momento da campanha quis apelar pro “você está gastando muito mais numa noitada do que em caridade”. Cada um faz o que quer e o que acha certo. Certo?

Dinheiro é papel. Sem ser investido ou depositado em algo, continua sendo papel. Na era dos bancos, deixou até de ser papel pra virar um número. Esse número é tão importante como o número de vezes que você abre a geladeira pra pensar após acabar o Faustão no domingo. O que não é nem um pouco importante. Dessa afirmativa espero a unanimidade.

Um milhão de shillings significam doze mil e quinhentos dólares, aproximadamente. Mas não temos “só isso”. A receita total ficou em um 1.165.345,13 shillings. Isso dá coisa U$14.386 (um pouco menos, o dólar subiu antes da remessa da verba pro cartão). Até segunda-feira, a expectativa é ter investido cada centavo. Alguns poucos dólares de contribuição alemã ficarão pra depois porque a madame tem mais tempo de Nairóbi e pode administrar depois que eu me for.

Bacana reiterar que a arrecadação fechou as portas. Como disse, ainda posso receber o dinheiro e enviar para a conta da instituição, mas sem qualquer controle sobre a verba. Por isso, por favor, aos que quiserem continuar contribuindo com a causa, entrem em contato pelo bruno.sterenberg@gmail.com ou facebook para providenciarmos o envio ao Quênia. Mesmo os que estão recebendo seus vídeos agora, podem publicar à vontade, é de vocês. Por favor, só evitem direcionar os esforços pra minha conta, apenas pro meu contato para arranjarmos o esquema de mandar direto pra cá, tudo bem? Vamos que vamos!


2 comentários:

  1. Posso dizer que vc é um jovem que se diferencia,que a sua atuação na Tanzania e Quenia se multiplique,que vc tenha deixado uma marca a ser copiada por muitas outras pessoas.O que você fez não tem preço,foi muito mais que uma campanha que arrecadou dinheiro para uma instituição.Não sei se vc acredita em Deus mas o que vc fez foi o que eu acredito que Jesus nos deixou como mensagem:ter compaixão pelo sofrimento do outro,fazer algo que concretamente melhore a vida do próximo,diminuir o sofrimento dos que estão a nossa volta.Que Deus te proteja e ilumine hoje e sempre,Lilian

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    1. Lilian, novamente, muito obrigado por toda a força. Seus comentários foram muito importantes para alimentar a determinação e a força de vontade por terras quenianas. A ideia é sempre tentar diminuir o sofrimento dos que estão a nossa volta, isso com modelo de vida. Um grande beijo!

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