Existem certas ambições que não se
explicam. Muitos jovens ambicionam fazer o primeiro milhão nos seus vinte e
poucos anos. Apesar de ser uma ideia de riqueza e bem-estar financeiro, não é
isso que importa no final das contas, não é verdade? Trabalhar feito escravo
pra atingir um número na conta bancária me parece fazer muito pouco sentido,
mas tudo bem.
Agora sabe aquele seu amigo que
ficava procurando namorada por um tempão e não achava? “Tá difícil, não aparece
ninguém bacana”. Pode parecer loucura, mas reza a lenda que quanto mais se
procura e se fixa em determinado objetivo, ignorando o que surge ao redor,
menores as chances de atingir o alvo. E isso está sendo dito por que mesmo?
Porque somos milionários. É isso
aí. Do alto das minhas vinte e duas juvenis primaveras, atingi(mos) o primeiro
milhão. Quem se importa que foi em shillings? Quem se importa que foi somando a
iniciativa de todo mundo junto? Acima de tudo, quem se importa? Chegar a um
milhão é a maior besteira do mundo, mas investir um milhão de shillings numa
mudança revolucionária no Quênia, aí sim.
O que significa que dinheiro existe
pra suprir desigualdades sociais e ser gasto em coisa boa. O problema está na
forma de interpretar o termo “coisa boa”. Em nenhum momento da campanha quis
apelar pro “você está gastando muito mais numa noitada do que em caridade”.
Cada um faz o que quer e o que acha certo. Certo?
Dinheiro é papel. Sem ser investido
ou depositado em algo, continua sendo papel. Na era dos bancos, deixou até de ser
papel pra virar um número. Esse número é tão importante como o número de vezes
que você abre a geladeira pra pensar após acabar o Faustão no domingo. O que
não é nem um pouco importante. Dessa afirmativa espero a unanimidade.
Um milhão de shillings significam
doze mil e quinhentos dólares, aproximadamente. Mas não temos “só isso”. A
receita total ficou em um 1.165.345,13 shillings. Isso dá coisa U$14.386 (um
pouco menos, o dólar subiu antes da remessa da verba pro cartão). Até
segunda-feira, a expectativa é ter investido cada centavo. Alguns poucos
dólares de contribuição alemã ficarão pra depois porque a madame tem mais tempo
de Nairóbi e pode administrar depois que eu me for.
Bacana reiterar que a arrecadação fechou as
portas. Como disse, ainda posso receber o dinheiro e enviar para a conta da
instituição, mas sem qualquer controle sobre a verba. Por isso, por favor, aos que
quiserem continuar contribuindo com a causa, entrem em contato pelo bruno.sterenberg@gmail.com
ou facebook para providenciarmos o envio ao Quênia. Mesmo os que estão
recebendo seus vídeos agora, podem publicar à vontade, é de vocês. Por favor, só evitem direcionar os esforços pra minha conta, apenas pro meu contato para
arranjarmos o esquema de mandar direto pra cá, tudo bem? Vamos que vamos!
Posso dizer que vc é um jovem que se diferencia,que a sua atuação na Tanzania e Quenia se multiplique,que vc tenha deixado uma marca a ser copiada por muitas outras pessoas.O que você fez não tem preço,foi muito mais que uma campanha que arrecadou dinheiro para uma instituição.Não sei se vc acredita em Deus mas o que vc fez foi o que eu acredito que Jesus nos deixou como mensagem:ter compaixão pelo sofrimento do outro,fazer algo que concretamente melhore a vida do próximo,diminuir o sofrimento dos que estão a nossa volta.Que Deus te proteja e ilumine hoje e sempre,Lilian
ResponderExcluirLilian, novamente, muito obrigado por toda a força. Seus comentários foram muito importantes para alimentar a determinação e a força de vontade por terras quenianas. A ideia é sempre tentar diminuir o sofrimento dos que estão a nossa volta, isso com modelo de vida. Um grande beijo!
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