O terreno do colégio está comprado
por 380.000 shillings. Essa tinha que ser a primeira frase do texto de hoje.
Depois de rodadas de negociações com a proprietária, o valor final foi esse
mesmo, papel passado, contrato embaixo do braço e certificado de propriedade em
mãos. Tudo com o aval do Chairman de Fuata Nyayo, um pedacinho de Mukuro
governada pelo chefe em questão.
Terreno adquirido e aluguel evitado
para siempre. Sempre bacana lembrar
que o pagamento era de 18.000 shillings mensais, o que significa uma despesa anual
de 216.000, coisa de U$2700. Lembra dos 35.000 shillings que bancaram dois
meses de alimentação? Pela matemática, cada mês sairia por 17.500, certo? Barriga
vazia é coisa do passado. Iha!
Olha o banheiro! |
Terei o prazer imenso de enumerar
todas as conquistas numa publicação de fim de semana, mas só pra esclarecer:
até agora foram investidos 705.000, aproximadamente U$8812. Com isso, sobram
U$2.840 pra investir. Dentro do valor restante, U$1271 vem da arrecadação da
alemã. Ela já contribuiu em U$1250 pra aquisição do terreno (100.000 shillings).
O total da arrecadação dela é U$2521. Portanto, dos U$2.840 restantes, U$1569
estão soltos, enquanto U$1271 vinculados à disposição dela.
É que caso ela queira fazer uma
ação diferente (mas dentro da Childrock), também pode. Chegou uma arquiteta
italiana pra ficar por quatro meses, então pode ser que parte da receita
restante da alemã vá pra o cofrinho Childrock da italiana, que me procurou pra
fazer a sua própria campanha enquanto estiver por território queniano. Viva a
corrente do bem!
Fechando as continhas, andar por Nairóbi
com uma mochila recheada com a verba do terreno não foi fácil. Como muito se
sabe, o gringo branco é uma espécie visada, com mochila, em dobro. O conteúdo nas
minhas costas era suficiente pra mudar a vida de muita gente. Ainda bem que
conseguimos canalizar essa grana pra mudar a vida da molecada da Childrock.
Pra sorte geral da nação, deu tudo
certo e cheguei ao destino com o verdinho todo. Providenciamos a assinatura do
contrato, o registro no “cartório” da favela e então só sorrisos pra todo lado.
Ainda levei a camisa do Brasil pra presentear o diretor e umas fitinhas do Senhor do Bonfim (jurando não se tratar de bruxaria) pra entregar pra (antiga) dona do
terreno e pro administrador de Mukuro.
Como se não fosse suficiente a alegria de
proporcionar esse momento fundamental na história da instituição, ainda fui
presenteado pela turma 6 do colégio, pra qual dei aula e mantenho uma relação gostosa
demais com os alunos. Recebi um anel de plástico e duas pulseiras. Vindo de
quem não tem nada pra dar a não ser amor, posso afirmar que foi um dos maiores
presentes que recebi na vida. Último dia pra contribuir rapaziada. Clica aqui pra saber como! Vambora!
Super parabens !!!!Que ação maravilhosa !Você já inspirou outras pessoas:a alemã,a arquiteta italiana e com certeza outras ações virão !
ResponderExcluirVerdade! E agora a corrente do bem segue adiante.. Maravilha!
ExcluirGentileza gera Gentileza! Parece bobagem mas não é.Sabe aquela história da pedrinha jogada num lago que vai produzindo ondinhas,ondinhas,ondinhas.......
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