Olho pro teclado. Ao invés de virem
poucas palavras, vêm todas. Juntas. Ao mesmo tempo. Todas as formas de expressão
existentes no planeta. Tento me convencer de que escrever vai ser um desperdício
de tempo. Um desperdício de palavras. É quase impossível escrever na mesma dimensão
do que vivi. Escrevendo todo dia era insuficiente. Fazer isso num dia só. É
quase impossível. Mesmo.
Vivi mundos de televisão, de contos
de fada que não são contados. De filmes. De amores, de compaixão. De
sacrifício. De luta, de vontade. De força de vontade. De ajuda. Auxílio pra mim
e pra todos. De descobertas. De conquista. De mais conquistas. De superação. De
liderança. De autonomia, liberdade. De saudades. De mais e mais saudades. De
valorização. De vida.
Saudade dos amigos que eu sempre
tive e dos amigos que ainda vou ter. Saudade de viver. Pode parecer confuso dar
vontade de viver mais do que isso. Depois de ter vivido um extremo da vida, um
máximo possível pra um período de tempo curto. É um dos sentimentos mais
gostosos do mundo. Parece que a vida ganhou sentido. Não parece não, ganhou
mesmo. Ao contrário de correr atrás de algo, de uma motivação pra viver. A
motivação tá sempre ali, olhando.
E qualquer hora dessas ela dá o
bote. Te pega de surpresa, no pescoço. Ao invés de dor, a injeção de vida abre
os olhos. Escancara os horizontes. As possibilidades. É como se até então tivesse
vivido com vendas. No escuro. De repente, cores. Cores, cores. Um universo tão
grande de cores que assusta. Assusta sem assustar, em ondas de alegrias e
sentimentos.
Como se a capacidade de respirar
fosse novidade, a mente começa a trabalhar em sincronia com o coração. De
repente, a guerra acabou. Corpo e alma, juntos no mesmo lugar. Sem mais se
preocupar com nada, sem mais temer. Pura vontade de continuar, de seguir em
frente. Alma que não foge, mas vive. Corpo que não morre, sorri.
A sensação de ser infinito. De ter
se perpetuado no tempo. De valer a pena, cada segundo. De vibrar com os
momentos ruins e chorar com os momentos bons, numa sincronia meio sem sentido.
De aprender na bonança e curtir as dificuldades. Brindar às tarefas, às
barreiras, essas eternas lições de vida. A felicidade em tempos difíceis. O
riso na crise.
E de repente a cabeça volta ao desperdício
de palavras. Ficou bom? Foi suficiente. Não, com certeza não. Mas nunca seria,
nem nunca será. Vivência exige vida. Respirar, planejar e fazer. Sentir e aprender.
Observar, brincar, reagir. Surtar, lembrar, sorrir. Se perder só pra ter o
prazer de se achar. O passatempo de se amar. Ou viver. Dá no mesmo.
continue a fazer um blog,faça do seu blog um livro,conte sua experiência em diferentes lugares até mesmo na TV[programa Ação do Serginho Groissman] para que toda essa riqueza da vida se multiplique,isso não pode ficar só para vc pois é lindo demais,é o sentido da vida e pode acordar o sentido da vida para outras pessoas.Volte bem !!!
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