Recebi uma carta. Não estava endereçada a mim, mas eu
era o único sentado na coordenação do colégio preparando a aula seguinte. A
carta veio de um menino e era destinada ao diretor da organização. Não era
apenas um pedaço de papel, mas uma breve autobiografia. O objetivo era
compartilhar sua história e ser ajudado. A carta agora é de vocês.
Essa carta foi o suficiente pra quebrar qualquer
barreira de gelo que me separa da cruel realidade da favela de Mukuro e suas
milhares de crianças. Numa vontade de chorar absurda, respirei fundo e continuei
um planejamento que vou apresentar nos próximos dias. Dos inúmeros raciocínios
que saem dessas letrinhas, delego o exercício. Cada um interpreta como quiser e
aprende o que tiver que aprender. Boa sorte.
Bruno...de arrepiar a alma, de mutilar qualquer coração,... Que esperança uma criança dessa pode ter?! Ainda assim sinto uma energia boa vindo dessas letrinhas, um "handwritten" que traz paz...se é que isso é possivel! Me conforta saber que vc está aí, e tem no seu trabalho, no suor e dedicação, a ferramenta mais valiosa que esse menino precisa para se tornar um ser humano digno, crescer, e constituir uma familia, e fazer do passado dele uma historia com final feliz. Me avisa se de alguma forma, qualquer forma, eu puder do Brasil ajudar!!!
ResponderExcluir