Nessa manhã assisti ao vídeo acima, que me chamou muita
atenção. Zachary Sobiech era um menino bacana, solidário e sonhador que, aos 14
anos, foi diagnosticado com osteossarcoma, uma espécie de tumor que ataca os
ossos. Depois de meses de quimioterapia e cerca de dez cirurgias, os médicos
disseram a ele que só teria mais um ano de vida pela frente. Barra muito pesada
pra um garoto tão novo e cheio de ambições.
Ao invés de se revoltar com a
situação, Zach resolveu fazer exatamente o oposto. Pensou numa forma de
aproveitar o seu último ano de vida, correndo atrás do que sempre sonhou.
Investiu em música, gravou um cd, deu show e ainda foi homenageado por vários
artistas que regravaram a sua composição. O menino realizou mais em um ano do
que muita gente realiza numa vida inteira.
Não preciso dizer que chorei feito
um condenado. Não foi por isso que o vídeo chamou atenção, até porque o troféu
manteiga derretida vai pra mim fácil. Esse moleque, que veio a ir Up, Up, Up no dia vinte de maio desse
ano (cinco dias atrás), deixou uma mensagem espetacular pra todo mundo. Que é uma
das mensagens que eu mais me preocupo em passar pelo blog.
O bordão de Zach no documentário é:
“você não precisa saber quando vai morrer pra começar a viver”. O que isso
significa? Estou respirando, estou vivo, não é isso? Não. Claro que não. Lógico
que não. Concordo que o conceito de estar vivo depende da área e os médicos
podem assumir que a pessoa está viva a partir da respiração e de outros
sintomas. Essa perspectiva está bastante desatualizada.
Estar vivo é muito mais do que
respirar, ter uma rotina, comer um prato gostoso ou andar pelo mundo. Estar
vivo exige ser e fazer o que se ama. Profissionalmente, pessoalmente. O tempo
todo, sempre. Não significa não ter problemas ou aborrecimentos, porque eles
estarão lá. Os obstáculos existem e não são poucos. Jamais podem ser utilizados
como desculpa para optar pelo conformismo e comodidade.
Falando por mim, esbarrei em várias
pedreiras pra vir pra cá. “Você precisa se estabilizar depois de formado”, “não
há tempo pra fazer isso, pensa no currículo”, “vai jogar tempo da sua vida pela
janela”, “acho até legal, mas nunca faria e acho maluquice”. Apesar de tudo e
todos, absolutamente nada paga a paz de espírito de ter tomado a sua decisão.
Sua. Ainda mais depois de ter a maior certeza de que foi a melhor escolha que
poderia ter sido feita.
Não foi fácil, claro. A solução foi
olhar direto pra vontade imensa de estar aqui e sair tropeçando e removendo (ou
até atropelando) todas as barreiras existentes. No final das contas, todos os
percalços se voltaram a meu favor. Quem e o que foi contra está agora ao meu
favor. Tudo isso porque resolvi seguir meu coração e fazer alguma coisa pela
qual sou apaixonado de corpo e alma.
Obrigado ao Zach que deixou seu recado pro mundo, servindo de inspiração pra milhões de pessoas. Se eu pudesse dar um conselho, só um, dentre os
vários aprendizados africanos, seria exatamente o mesmo dado por Zach: “comece
a viver”. Invista no que você ama e naquilo que vai te fazer feliz o resto da
vida. Pode parecer clichê, mas é a verdade mais verdadeira e necessária do
mundo. Não tem desculpa. The time is now.
A hora chegou. R$20.181,03 e atingimos a meta de vinte mil em dois dias. Increíble!
Parabens Mais uma vez ! Acho muito legal vc falar da sua emocao ao ver um filme,ao ver as criancas felizes,ao falar dos momentos vivid os na Africa.Hoje em dia nao tem Sido comum ver alguem falando que chora,que se comove diante do outro,que se afeta com a dor e com a beleza de coisas simples e pequenas.
ResponderExcluirObrigado Lilian! Fico muito feliz de saber que você tem acompanhado toda a viagem e o processo de aprendizado também! Homem chora e não chora pouco não! Beijos
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