
Lógico que não é sempre assim. Existem
aqueles mais iluminados que defendem os Mzungus,
porque sabem que o caminho não é por aí. Então dá pra encontrar gente do “seu
lado”, embora a mera existência de “lados” seja completamente imbecil. Depois
de um tempo, acostuma-se à mentalidade e vira algo incômodo mas, infelizmente,
normal.
Essa atitude não se limita apenas
ao Museu. Não foi a primeira vez (e nem será a última) que vi gente cobrando
mais caro de brancos. Aliás, essa prática é amplamente difundida. O Mzungu é visto como se fosse um tesouro
ambulante, sempre “disposto” a pagar cinco vezes mais por uma lata de leite em
pó ou um cinto. Este que comprei em Dar es Salaam e paguei cinco vezes o preço.
É “compreensível” que os populares
tenham essa ideologia do branco colonizador e rico, mas daí a política estúpida
de separação ser incentivada por atos do governo é um absurdo sem eira nem beira
(afinal, o Museu é administrado pelo governo). Nada que umas aulinhas de
Direitos Humanos e uns anos de apoio externo (sincero e sem más intenções) não
resolva.

Ainda fui fazer um exercício e dar uma corridinha.
Como estou na altitude e com o joelho todo bichado, o desempenho foi
vergonhoso. Sorte que adquiri uma corda aqui pra pular além da corrida, numa
tentativa de compensar o atleta das “pistas” (de asfalto e terra). Não estou
mais desnutrido como na Tanzânia, pelo contrário. To compensando os perrengues
no (fraco) jantar e tome feijão.
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