Antes disso, preciso dizer que
fiquei cinco dias seguidos em casa. Um regime de isolamento que eu mesmo impus,
sem querer. Como vou pela teoria de que tudo tem uma lógica, fui descobrir hoje
a razão. Precisava disso. Ao contrário da Tanzânia, o Quênia vem sugando minhas
energias de canudinho. O trabalho psicológico desempenhado é bem mais
agressivo. Precisava acalmar. Foi saindo de casa hoje, depois de tanto tempo e
bem mais tranquilo, que entendi toda essa lógica.

Algumas coisas me assustaram aqui
pela cidade. Todo mundo andando de terno sempre. Vários bancos e mil filiais,
alguns prédios monumentais. Agora, olha que doideira: hoje fui no supermercado.
Absurdo, né? Um lugar em que eles colocam vários produtos enfileiradinhos,
organizados por setores, dá pra andar livremente. Ah é, esqueci que tem isso no
Rio também. Depois de dois meses comprando em quitanda, nem contava mais com
tal modernidade. Mas os precinhos ó!

O perigo não é nem só dele, até porque
se fosse eu estaria tranquilo. O problema é que as santas meninas normalmente deitam
e rolam pra cima dos branquelos e eventualmente levam um souvenir na saída da
casa. Eu só fiz questão de que o souvenir não fosse nada patrocinado por mim,
como o computador, um celular ou até dinheiro. Depois do episódio, ele foi
duramente repreendido pela AIESEC. O que ele fez a respeito? Amanhã tá indo par
Mombasa com a cidadã.
E o placar da Rádio Globo:
R$4.210,00 e U$650,00. Já está sendo providenciada a remessa de dinheiro
carioca pro meu cartão. Até agora, foram transferidos R$3.690,00, que equivalem
a U$1.725,23 na cotação de 2.14. Dentro de alguns dias surgirão os primeiros
vídeos da galera que fez por merecer. E você, vai ficar aí parado? Os cães
ladram, mas a caravana não para.
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