terça-feira, 28 de maio de 2013

Falador

Impressionante a velha máxima: não importa o que você faça, sempre terá vagabundo com inveja trabalhando contra. Seja direta ou indiretamente, vai estar lá aquele “camarada” que não só torce contra, mas atua contra. Como não podia ser diferente nem com um trabalho voluntário bacana no Quênia, por aqui tem algumas peças raras que deram o ar da graça.

Depois de falar dos Voluntários Involuntários e de toda a galerinha “pouco comprometida” que encontrei, destaque especial vai pro coleguinha do país nórdico. Pra quem não lembra ou não leu as peripécias do menino, dá um clique aqui e retorne. Ou então continua assim mesmo, mas o cidadão é um fanfarrão sem noção de primeira qualidade.

Eis a questão. Não curto sair por aqui por vários motivos: não consigo gastar dinheiro “à toa” depois de ver a situação de vida na favela; não posso nem quero perder um pingo de consciência pra não tomar uma rasteira de vários lados; “acabou” o dinheiro (tenho o suficiente pra sobreviver até a volta); não tenho saco pra rapaziada com ideologia “cabeça de girino”; e por aí segue a canção. É difícil pra galera daqui entender a minha posição, mas não faz diferença, certo?

Sempre digo que vou sair, mas nunca saio. Pra ficar trabalhando nos vídeos, pensando numa forma nova de divulgação ou pra me divertir sozinho, muito mejor que aturar sujeito bêbado por todos os lados. Então prometi que iria ver a final da UEFA, mas não fui por falta de paciência. Cometi esse grave crime e trouxe os críticos à porta.

Ouvi dizerem que não confiavam mais em mim, já que eu sempre dizia que sairia mas nunca cumpria a palavra no final das contas. Por não se enquadrar ao rebanho da “girinada”, deixei de ser cool. Caramba, que chateação (irônico). Até ai não me incomoda. Surge o nórdico dizendo que eu poderia até estar desviando dinheiro da arrecadação por não ser confiável. Aí não. Aí vai dar problema.

Tinha algumas formas diferentes de resolver. Podia aplicar a filosofia das aulas de Muay Thai com mestre Guilherme, mas nunca briguei na vida e não seria agora; podia chegar gritando, acusando e arrumando confusão, destruindo ainda mais o frágil clima da casa; ou podia trocar ideia numa boa, falando manso e como quem não quer nada, sobre o motivo daquilo tudo ter acontecido.

Optei pela última forma de comunicação, a mais sábia pra todos os problemas. Não é fácil, quando o sangue sobe diante tais acusações, mas ser “superior” e razoável vale a pena. É sinônimo de não se rebaixar ao nível, clichê máximo. “Não se misture com essa gentalha, tesouro”. Consequência: um pedido de desculpas sincero, afirmando estar bêbado e com raiva pela falta ao jogo da UEFA.

É, patrão. Não é brinquedo não. Além de administrar os recursos e tocar a campanha, resolver picuinha dentro de casa pra poder viver em paz. O engraçado é que é simples demais viver em felicidade. É só não fazer besteira. Exige um “não fazer”, se abster de avacalhar a casa e incomodar os outros. Parece que falador faz questão de dificultar. Notinha da campanha: estamos aguardando negociações entre Erick e a proprietária do terreno pra concluir a maior operação de ajuda da história da Childrock (palavras do diretor e do administrador). Será épico se atingirmos isso. E vamos atingir.

P.S. Bernardo Ribeiro, meu irmão de outra mãe, está participando de uma campanha do Botafogo pra jogar com o time. Não precisa de contribuição não, só do clique! Quem puder ajudar meu grande camarada a realizar esse sonho de criança, só clicar aqui e votar nele. O moleque que nunca pensou em jogar com o próprio time não teve infância, então colabore com o botafoguense!

Um comentário:

  1. eles te conhecem ha muito pouco tempo pra levantarem tal suspeita de você, relaxa que se houvesse essa desconfiança voce não teria juntado 20 mil, continua fazendo o seu!!!

    e muito obrigado pelo apoio, tu é um dos que sabe o tamanho desse sonho!

    te amo e volta logo!

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