domingo, 7 de abril de 2013

Zebras e Gnus

Papai do céu, o que foi que aconteceu. O safári inteiro foi um sonho enquanto eu tava acordado. Recomendo de cara pra todos aqueles que têm possibilidades de fazer (e não tem problemas de coluna, porque o carro quica mais que o Flubber), que pelamordedeus façam antes de partir. A experinception (a experiência dentro da experiência) foi inesquecível e se fosse necessário pagar oitenta e três vezes mais, eu pagaria. Isso porque eu sou zura à beça. Vamos nós.

O jipe apareceu na porta do hotel com ligeiro atraso, me preocupando por demás. Acontece que eu tinha pagado o valor cheio (não tinha outro jeito) pro camarada que, apesar de parecer confiável, podia muito bem meter o pé com a grana e garantir que o único safári que eu teria feito na vida seria um passeio a pé pelo Jardim Botânico.

Dentro do jipe estava Erick, um americano que morava no Kuwait por dois anos dando aulas de matemática na quinta série de colégios muçulmanos. Além dele, estava lá também sua amiga Alysson, que dava aula de desenho também no Kuwait para a quarta série. Eles me contaram de um site chamado tieonline.com que possui ofertas de intercâmbios profissionais pra professores em vários países. Excelente recomendação aos amigos que querem se aventurar mundo afora.

Não sei se por sorte ou azar, a ponte que conectava Arusha ao parque nacional quebrou seis dias antes. Pela urgência de agradar os gringos, remendaram em dois dias. Logo depois, rompeu de novo em função de uma cheia do rio. Remendaram de novo. Quando tive que atravessar, foi bastante emocionante. Esse medinho da ponte não era nada perto do desespero (sensacional) que vou relatar.

Chegando no portão de entrada de Ngorogoro, almoço numa merendeira. Não tinha desenho do Batman ou do Homem-Aranha, mas o rango estava legalzinho até. No entanto, a viagem não prometia refeições espetaculares ou qualquer tipo de requinte gastronômico. A noção de se estar rumando ao safári começou nesse momento, porque fui obrigado a almoçar tomando cuidado com os orangotangos que queriam roubar minha comida.

Passei em frente ao Lake Manyara, recanto de um milhão de flamingos (presta atenção na cor da água). Quando eu tentei agendar mais um dia de passeio era justamente pra ficar um período por lá, só que não deu. O local é espetacular e não dá nem pra dizer que perdi muita coisa se pensar em todo o resto. Continuando na charanga, parei num local pra ver a vista digna de lágrimas e arrepios. No topo de uma pedra, a visão perfeita.

Nesse mesmo dia, deu pra ver uma série de animais. Rumando ao Serengeti, região dentro do parque nacional de Ngorogoro, gnus e zebras até o horizonte. Pra qualquer lado que se olhasse, milhões de animais pastando e correndo desordenadamente num cenário indescritível. Além dessa passagem marcante, girafas, hienas e até uma cheetah, raríssima de encontrar. Fechei o dia com um jantar de deixar Jamie Oliver de fraldas.

 






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