A situação da AIDS na África é um problema conhecido
por todos. Na Tanzânia, estima-se que duas milhões de pessoas possuam o vírus
HIV. Isso significa aproximadamente 8% de toda a população e um número bastante
alto pros padrões mundiais. Por isso mesmo, o convívio com pessoas portadoras
do vírus é extremamente pacífico. Vale a pena dar uma lida na imagem acima.
Não é “assustador” falar ou cumprimentar com alguém
com AIDS. Falar da doença por aqui é algo tão natural que nem causa espanto ou
nada do gênero. Se por um lado, tornou-se comum comentar sobre AIDS pela
epidemia devastadora no país, por outro, é extremamente benéfico tratar o
indivíduo portador do vírus com igualdade e respeito, independentemente de
qualquer condição de saúde.
Outro dia mesmo rolou uma interação homem e mulher
aqui na casa entre dois locais e um deles “brincou” dizendo que era HIV
Positivo, pra tentar causar algum espanto na parceira. A menina até fez uma
cara mais séria, mas depois levou numa boa a piada. É tão natural o assunto que
se torna esquisito o oposto (estranhar o camarada com AIDS).
Na visita ao Museu Nacional, existe uma parte
dedicada só a precaução e prevenção da doença, por ser um problema dessa
dimensão. O que é muito bacana, porque parece que há uma campanha grande
governamental de conscientização, estabilizando os números da doença na Tanzânia.
Usual ver pessoas com AIDS pedindo dinheiro nas estações do ferry.
Esther (voluntária da AIESEC) fez
aniversário. Brincando de contar o melhor e o pior aniversário, outra menina
disse que o pior aniversário da vida dela foi aos onze anos. Cinco dias antes,
sua melhor amiga, portadora do vírus, contraiu uma gripe e veio a falecer. Depois
dessa história, qualquer aniversário tornou-se o melhor do mundo, mesmo aquele
tenebroso que não se gosta de lembrar.
Julguei valer a pena falar separadamente sobre AIDS
por dois motivos: primeiro porque o contato aqui é comum e natural, e não há o
que se temer. O contágio ocorre pelo sangue e ser preconceituoso ou
ultracauteloso não é de qualquer ajuda pras pessoas portadoras do vírus. Em
segundo lugar, a importância de se implementar um sistema de combate à proliferação
da doença que vem sendo feito, evitando a morte de diversos populares.
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