Casamento de viúva. Não tinha planejado escrever
sobre o assunto a seguir, mas cada dia acontece alguma coisa nova digna de um espacinho
nesse humilde portal internético. É engraçado porque mal preciso pensar ou
programar escrever alguma coisa. A matéria vem pronta numa situação cotidiana, que
de rotineira não tem nada. Todo dia é um dia totalmente diferente do dia
anterior (que bonito, Bruno).
Duas eslovenas amigas de um dos tanzanianos da casa
vieram nos visitar ontem à noite. Uma delas inclusive ficou na casa pra dormir
por um dia, partindo pra Zanzibar na manhã seguinte. Bem mais velhas, chegaram
não muito arrumadas mas bastante felizes. Acabei descobrindo que eram formadas
há muito tempo, como a idade denunciava, e uma delas era dona de uma ONG aqui
na Tanzânia.
A dona da ONG, que confesso não saber nem o nome,
visitava o país há uns oito anos periodicamente. Não apenas porque tinha a ONG de
proteção a mulheres funcionando a todo vapor, pero por estar enamorada
de um guerreiro Maasai. Isso aí. A cidadã eslovena foi se apaixonar por um Maasai,
igual ao camarada da foto. Improvável relacionamento, não?
Calma que tem mais. Quando essa eslovena partiu da
casa, a outra disse que estava em Dar Es Salaam porque havia vindo para o
casamento de sua amiga. As duas não pareciam nem um pouco trajadas a rigor, sem
dúvida não para um casamento. Para a eslovena que permaneceu, perguntei inocentemente
“que amiga está se casando?”. A resposta foi: “a que você acabou de conhecer,
ué”.
A eslovena de seus trinta e poucos anos estava
oficialmente se casando com um guerreiro Maasai. Claro que a mistura de países
é comum e isso não teria grandes repercussões. Agora, casar com um marido
pertencente a uma tribo da Tanzânia é um pouquinho mais exótico. Sem querer
duvidar da alegria dos dois, a diferença cultural é grande. Além do que, pode
ser bem bacana falar pras amiguinhas que se casou com um tribal africano só pra
radicalizar.
Hoje fui a Kenton dar aula, pra uma turminha de lá
sensacional, mas não ocorreu. Acontece que semana que vem todos os alunos repetirão
exames nacionais (“ENEM”), em função dos 60% de zeros percebidos na última
prova. Com isso, os professores inseriram uma bateria de aulas extra na grade
escolar pra tentarem se sobressair em relação ao resto da nação. Essas aulas
são na mesma hora da minha aula e se eu fosse o aluno, com mais medo da prova
do que do capeta, faria o mesmo e compareceria as aulas adicionais. Não dá pra
bobear.
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