À casa torna. Por esse motivo vou virar a noite num
barco que demora não muito tempo entre Zanzibar e Dar Es Salaam. Saio de cá
hoje às oito horas da noite e chego às seis da manhã na Tanzânia. Pelo menos de
acordo com o relógio local, desembarco no minuto zero da segunda-feira e não
com seis horas perdidas do dia.
Zanzibar deve ter sido sensacional. Digo deve porque
não levei computador pra ilha, o que significa dizer que essa publicação também
é agendada (mas que rapaz organizado). O que significa dizer que novamente,
enquanto você lê o conteúdo, eu estou tranquilo curtindo as tartarugas ou outra
praia paradisíaca. Dependendo da hora pode também querer dizer que você está no
conforto da sua casa e eu estou preso numa barca de oito horas voltando pra “casa”.
Delícia.
Algumas pessoas me perguntaram sobre a economia daqui
e de onde vem o dinheiro que faz o país andar pra frente. A Tanzânia é um dos
países mais pobres da África e depende primordialmente de agricultura. Acontece
que a maioria dos produtos não são fabricados internamente, o que exige uma
importação de vários itens industrializados produzidos no Quênia ou na África
do Sul.
Além disso, o país é rico em minerais como ouro,
diamante, ferro e platina. Teria tudo pra ser um dos grandes países africanos,
não fosse a incompetência e corrupção governamental. É o número cento e vinte e
três do índice de corrupção mundial, o que significa uma roubalheira
considerável. O cidadão que ocupa a presidência não está dando conta do recado e aposto numa mudança
radical.
Assim como os brasileiros não desistem nunca, esse
pessoal daqui vai precisar de muita perseverança e honestidade pra virar o
jogo. Ouvi de alguns intercambistas frases “feias”, porém sinceras da parte
deles. Me disseram que não havia fé nesse lugar porque uma infinidade de mudanças
seriam necessárias. Então pelo que viveram, passaram a pensar de uma forma
pessimista em relação ao país.
Não é assim que a banda toca. Claro que existem
mil coisas sujeitas a transformações e uma necessidade gigante de se aprimorar
as condições de vida, mas esse progresso vem acontecendo. Está em andamento a construção
de uma ponte pra abandonar as velhas barcas e por onde passo tem prédio subindo
e rua sendo asfaltada. Os investimentos chegaram agora e daqui a uns cinco anos
terão feito uma baita diferença.
Estou maravilhada com o seu blog! Pretendo passar por essa experiência, a forma como escreve faz eu me sentir tão próxima, isso é incrível! Descobri o blog agora de manhã, no trabalho, por sinal, rs! E até agora não consegui parar de ler, tô voltando as postagens antigas e tentando acompanhar tudo! Boa Sorte por aí e continue com esse olhar íntimo, pessoal e único sobre essa experiência ímpar! Beijão!
ResponderExcluirQue isso, Isabel! Brigadasso! Tenta ler tudo sim e se precisar de qualquer informação sobre a viagem ou se tiver qualquer sugestão, é só falar! To às ordens! Beijão!
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