sexta-feira, 22 de março de 2013

Mwenge Market


Além de buscar minha Constituição autografada, deu tempo de trocar um dinheiro e rumar ao mercado cultural mais sensacional da costa leste africana. Com uma diversidade de encher os olhos, dá pra encontrar tudo (e negociar tudo) que a África pode fornecer.  De chinelos a objetos de decoração, brincos ou panos de mesa, comprei uns presentinhos (prepare-se família). Pra você não.

Quando se chega em Mwenge, a primeira pergunta é a nacionalidade. Saiu a palavra Brasil da minha boca, virei o Ronaldinho, o Neymar, o Ronaldo, o Romário, o Neymar de novo e por aí vai.

Pela infinidade de pequenas lojinhas e como a fome de vender qualquer troço é grande, os locais caem em cima como se você fosse o filho do Bill Gates com o Warren Buffet. Não que tanto seja necessário, porque os preços não são nem um pouco exorbitantes, ainda mais depois da negociação. Haja gogó pra se chegar a um denominador comum.

Só há um dilema. Sabendo que haverá conversa sobre o valor, o primeiro preço proposto é “lá em cima”. A pergunta é: aceitar a imposição reajustada com a “taxa gringo” porque a nova cifra continua sendo bastante pequena ou negociar pra não sair de trouxa e diminuir ainda mais a receita dos vendedores que já não lucram isso tudo?

O que incomoda mesmo são os argumentos. Depois de se tornar “my brother” com todos os vendedores, a frase mais usada é “i’m hungry, you have to support me”. Numa mistura de raiva pela profundidade do argumento (nem tão verdadeiro assim) e pena pela situação, acabei levando algumas quinquilharias que não compraria nas CNTP.

Pequenos incômodos à parte, o mercado é realmente sensacional. A negociação chega a ser engraçada caso se entre na pilha dos comerciantes. Sempre tomando o cuidado pra não pedir um preço que, caso comparado o produto com de outra loja, continuaria superfaturado. Não adianta nada pedir dez mil shillings pra algo oferecido por trinta se o valor é cinco. Perde ou perde.

No final das contas, adquiri um bocado. Espero que os presentinhos agradem. Não é nada demais, até porque esse não é o objetivo da viagem, mas ficou bacana. Lancei dois posts hoje porque falta apenas uma semana pra deixar as terras de Dar es Salaam. Devo fazer isso mais vezes porque ainda tem muita coisa pra escrever. Meu primeiro destino é no norte, Kilimanjaro! Já com saudades de cá. Damn.


2 comentários:

  1. Cara, o Blog é muito bom, mas aconselharia mudar o fundo para facilitar a leitura.

    Abraços!

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    1. Opa, brigado Gabriela! Eu concordo com você, mas esse layout era um dos poucos "propícios" à viagem e mudar agora geraria uma confusãozinha, já que as pessoas estão acostumadas com esse fundo! De qualquer maneira, valeu pela ideia!

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