quarta-feira, 13 de março de 2013

O Céu: Parte 3


Quando se descansa na praia em Zanzibar, uma série de vendedores ambulantes com preços “amigáveis” tentam empurrar o seu produto. Os argumentos são variados. Desde o alimento da família até a necessidade de se comprar uma pulseira escutei. Acabei comprando uma pulseira preta que estou usando e uma água de coco. Existem vendedores no céu.

Fechei um passeio de barco pra domingo que nos levaria até a ilha de Mnemba, com direito a snorkel, almoço e paradinha na praia de Muyuni. Como o preço é ultrafaturado, deu pra negociar tudo isso por treze dólares ao invés dos vinte propostos inicialmente. Chega a ser até maldade negociar mais que isso, porque já tá barato pra caramba.

No domingo, às nove da manhã no barco. Todos se atrasaram, mas ainda deu tempo de pegar a jangada de madeira. Espetacular. A tripulação nos recebeu junto com vários italianos e alemães, dando pés de pato pra todos. Iniciava o momento mais inacreditável da ilha, de cara com vários golfinhos nadando do lado do barco rumo a Mnemba.

Mergulhando por uma hora e meia em água cristalina com vários cardumes de peixes e sem sinal de tubarão, ainda deu tempo de fazer o meu amigo moçambicano pular no mar e aprender a nadar um pouquinho. É muito comum não saber natação na África. Que visual submarino.

Parti pra um almoço delicioso com peixes recém-pescados e arroz, tudo no pacote. Voltando no barco com a cabeça mais leve que pluma, ainda deu tempo de partir pra Stone Town, importante ponto turístico de Zanzibar. Na mistura arquitetônica persa com alemã com turca com inglesa, uma paisagem bem diferente da comum.

Passada rápida na feirinha de Forodhani antes de pegar o barco noturno de volta pra casa, pra abastecer com uma das iguarias oferecidas e a certeza de um final de semana pra entrar pra história. Uma pena que voltar pra Zanzibar não esteja dentro do meu orçamento, porque valeria a pena cada segundo. Recomendo a viagem como nenhuma outra.

P.S. Escrevi correndo porque estou sem luz, sem água, sem gás e sem bateria. Mas o céu lá fora tá coisa de louco.

2 comentários:

  1. Oi, Bruno! Só hoje consegui atualizar suas últimas postagens. Fiquei tentando imaginar suas últimas aventuras em Zanzibar, deve ter sido incrível, daquelas que "não tem preço"... E confesso que sempre que leio algum post seu contando sobre a falta de luz, água e etc. procuro me colocar no seu lugar e é quase inimaginável. Mas, por outro lado, deve ser um exercício incrível de autoconhecimento... Obrigada por ser tão solícito! Com certeza vou querer algumas dicas sim, estou pensando em repetir seus passos ano que vem, janeiro talvez! P.S- Vou ficar imaginando o céu da África, dizem que é o mesmo daqui, mas eu duvido muito, rs! Beijão!

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    1. Opa! Brigadão Isabel! Isso de colocar no lugar é espetacular, mas tenta fazer isso com uma ótica positiva! Muitas vezes os perrengues daqui e tudo mais que acontece nos fazem tomar atitudes sensacionais que sem os perrengues não tomaríamos! O céu é surreal, em janeiro deve ser lindão também! Beijão!

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