domingo, 24 de março de 2013

Os Tribalistas


Depois de ficar literalmente o dia inteiro sem luz, nada mais adequado do que escrever sobre hábitos culturais excêntricos de povos indígenas que habitam as terrinhas tanzanianas. Aprendi sobre tais comportamentos com os locais daqui, bem como com algumas figuras e ilustrações que vi no Museu Nacional. Tenho certeza que vários amigos se adaptariam a essa maneira de viver.

O que mais me chamou a atenção foi uma “poligamia” legalizada. O homem da tribo Maasai pode se casar com apenas uma mulher. Tudo normal até então. Acontece que quando o camarada tira sua lança da porta pra ir trabalhar, qualquer outro amigo está autorizado a fincar a própria lança na entrada da residência do ausente. E por fincar a lança entenda-se pacote completo. Cama, mesa e banho.

Ih, mas o cara voltou no meio do dia! E agora? Espera o que estiver lá dentro acabar de fazer o que ele quiser fazer, pacientemente na porta de casa. Acabou, cumprimentam-se amistosamente e vida que segue. Ao mesmo tempo em que dá pra sair traçando toda a população tribal feminina, sua esposa pode ser mais rodada do que caminhão velho.

O maridão cansou. No meio do dia, não tá mais querendo andar. Sua mulher pode carregá-lo nas costas, é claro! Pelos hábitos Maasai (a tribo mais famosa da Tanzânia), uma das formas da mulher agradar o seu digníssimo é carregando o sujeito nas costas, num lindo ato de amor. Também é de bom tom que a cidadã ajoelhe-se ao entregar qualquer coisa pro marido, num belo gesto de sujeição. E ajoelhou, vai ter que rezar.

Makonde
Na tribo dos Makondes, sudeste tanzaniano, várias celebridades se acostumariam com o estilo de vida. Um dos maiores sinais de amor e companheirismo é baixar o pau na esposa. Isso mesmo. O homem deve mostrar o seu amor enchendo a mão na cara de sua companheira, sem dó nem piedade. Além, se ele não fizer isso, a mulher irá chorar por acreditar que há algo errado no seu matrimônio.

A mulher grávida não pode ser preguiçosa. Deve andar pra cima e pra baixo fazendo tudo que deveria fazer caso não estivesse à espera de um bebê. O único cuidado que ela tem que ter é com bruxaria, pro bebê nascer saudável. O menino depois de nascido ainda tem que pegar um pedaço de carne dentro da fogueira pra aprender que o fogo é perigoso com o seu focinho.

Alguns desses hábitos vem sendo extintos com o passar do tempo, pela integração cultural e inserção urbana das tribos indígenas. Ainda, vários estão ativos até hoje. Então provavelmente durante a leitura desta publicação, algum malandro está com a lança plantada na porta do seu vizinho. A lei é: não só cobiçarás como concretizarás a mulher do próximo. Pior pro próximo.

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